27 de jun. de 2014

ATIVIDADES LÚDICAS NA BIOLOGIA

PACINI, Diogo Barth. 


Boa tarde Pessoal.

Hoje venho falar um pouco do que vem a ser atividades lúdicas, pois é um dos trabalhos que desenvolvo em parceria com alguns amigos e colegas, e poucas pessoas sabem o que é, ou se tem noção não sabe como funciona.

A atividade lúdica nada mais é do que Brincadeira, mas ai vem a questão, muitos perguntam se a gente desenvolve jogos. Sim, nós desenvolvemos jogos, mas com uma finalidade educativa, isso é, ensinar algo a alguém.

Para ficar mais claro é só lembrar da infância, onde todos nós íamos para a escola brincar, com as brincadeiras nós aprendíamos os números, o alfabeto, os animais, as plantas, a nos comunicar, não é verdade? Só que com o passar do tempo essas brincadeiras foram sendo deixadas de lado, ou melhor, foram tiradas da gente pelos professores e pela sociedade, com a seguinte frase: BRINCADEIRA É COISA DE CRIANÇA. Mas muitos estudos comprovam o contrário, é brincando que a gente aprende, pois é descontraído, e não ficamos apreensivos, por não termos a obrigação de aprender.

Jogar só por jogar não existe, em todas as brincadeiras e jogos a gente aprende alguma coisa. O que fazemos é transformar aqueles estudos mais difíceis em jogos. Por exemplo, muitos tem dificuldade na hora da transcrição, isso é, do DNA para o mRNA. E muitos não imaginam o DNA em forma plana, pois todos ficam pensando em sua forma helicoidal, ou o inverso (varia de pessoa pra pessoa). Temos o Jogo do DNA que serve exatamente para isso, primeiro ensinamos como fazem as ligações A-T, G-C; depois ensinamos onde a Uracila (U) entra no mRNA. E isso, na hora da brincadeira vem automático por causa das formas e cores. Outra coisa que muitos tem dificuldade é entender a metilação, neste jogo com a forma e cor, fica muito fácil de entender.

Uma pesquisa que realizamos e que em breve iremos divulgar o resultado foi com o ensino superior, onde constatamos que muitos alunos vêm com falha do ensino médio, em genética e em biologia de uma forma geral. E que após aplicarmos algumas das atividades desenvolvidas por nós, os alunos conseguiram entender. E em resumo todos adoraram a nova forma de ensinar e muitos não acreditavam que brincando eles iriam aprender.

Nós temos atividades que desenvolvemos de forma geral, como o jogo do cariótipo, do DNA, da célula, do ABO. Mas também desenvolvemos jogos em parceria com os professores, onde eles nos informam a maiores dificuldades de seus alunos, e com base na sua metodologia de ensino, no material didático utilizado em sala de aula, nós montaremos o(s) jogo(s).

Uma outra atividade para a comprovação da eficácia dos jogos foi divulgado no trabalho de conclusão de curso (TCC) da minha amiga e colega Carla e no Enebio de 2010.

Então resumindo, a atividade lúdica nada mais é do que brincar para aprender, onde todos brincamos, tanto ensinando quanto aprendendo. Com essas atividades conseguimos explorar diversas inteligências (motora/tátil, visual e auditiva), pois com elas nós trabalhamos manualmente, visualizamos as estruturas de formas diferenciadas, tocamos e obviamente necessitamos escutar para entender o comando da atividade.

Para finalizar, divulguem a necessidade do lúdico no ensino, chega de muito bla bla bla, e canetão, vamos mudar o futuro desta juventude, fazendo que eles se desenvolvam de forma feliz e sem traumas, diminuindo a timidez, aumentando a interação aluno-aluno e professor-aluno, chega desta história que professor só serve reproduzir o conhecimento e o aluno para copiar, vamos criar uma juventude auto-suficiente, que tira suas próprias conclusões, que consiga criar, enfim, por uma sociedade mais pensante.